Pular para o conteúdo principal

Invisible, rock de arena?

Invisible, rock de arena?

A primeira vista, não parece ser o U2. Poderíamos estar ouvindo Ramones, Sex Pistols, ou qualquer artista eletrônico dos anos 80. Mas se trata de Invisible, que tem tudo para ser mais um arrasa quarteirões do U2.
Eles tiveram quatro anos para tecer uma nova epopeia musical. E esperamos fãs, ou não_ que esse disco valha a espera. Mas a musica não tem perfil de single. Tem perfil de uma musica feita para   ser tocar em estádios. Se eles resolverem tocá-la, vai chamar a atenção da critica especializada e de  outras pessoas á parte, que não sejam seus fãs de carterinha. A musica é muito boa!
O U2 volta a atacar depois de um tempo de hiato. E com uma música que tem a atitude despojada do punk, com guitarras distorcidas e bateria nervosa, e ao mesmo tempo radiofônica.
E a letra, é sobre a rebeldia de um filho que se rebela contra as regras de seu pai.
Bono prometeu em uma entrevista do ano passado que o U2 estaria nesse disco, que tem tudo para ser lançado em abril, de volta às origens.
   E ele  parece estar cumprindo a promessa.

I finally found my real name
I won't be me when you see me again
Though I won't be my father's son
Trad:
Eu finalmente encontrei o meu nome de verdade
Não sei quando você me verá novamente
Pois não serei o filho de meu pai.

I'm more than you know
I'm more than you see
I'm more than you let me be
I'm more than you know

Eu sou mais do que você conhece
Sou mais do que o que você vê
Eu sou mais do que você espera que eu seja
E sou mas do que você sabe

Rebeldia ao pai. Auto_ afirmação, rebeldia na veia.

A body and a soul
You don't see me but you will
I am not invisible
I am here

Um corpo e uma alma
Você não e vê mas me deseja
Não sou invisivel
Estou aqui

O filho que quer mostar ao pai que cresceu e pode andar por suas próprias pernas;

Ah, Bono declara ter ouvido Ramones e Kraftwerk. Certamente. Ramones era cru e Kraftwerk, elaborado. Só o U2 conseguiria unir esses dois opostos.

nota: 8,5





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...