Pular para o conteúdo principal

Lhe abrem as portas” como noticia um jornal latino. Morre Juan Gabriel

A música latina está mais empobrecida desde ontem quando foi noticiado o passamento de Juan Gabriel, um dos maiores cantores da cena latina de todos os tempos. Com uma produção fonográfica que abarca vários gêneros musicais, como a bachata e a música rancheira, mas investiu também em boleros, no pop latino e fazia também baladas, ele deixará uma lacuna no cancioneiro popular e na industria fonográfica insuperável. Nascido na cidade de Parácuaro, no estado mexicano de Michoacan, começou na musica ainda na infância e faleceu no dia de ontem em Santa Monica, no estado da California. Alem de músico, era também compositor, ator e produtor discográfico. Sua alcunha era de “divo de Juarez”, cidade onde estabeleceu a sua carreira, e seu álbum Recuerdos II, lançado em 1984, com oito milhões de cópias, é um dos mais vendidos da historia do México. Alem de suas composições serem traduzidas para vários idiomas, entre eles o turco, japonês, alemão português, inglês, papiamento e grego. Vendeu mais de 150 milhões de copias de seus álbuns. Morreu de um ataque cardíaco durante a sua turnê “MeXXIco es todo.” Era filho de uma família de camponeses e era o mais novo de dez irmãos, foi para um internato aos cinco anos e depois de perder os pais começou uma carreira musical com a alcunha de Adán Luna, e daí conseguiu a oportunidade de começar ao lado de gente consagrada como Angelica María,Leo Dan, e Roberto Jordan na RCA, depois esteve preso injustamente, e saiu de lá graças à intervenção de uma cantora chamada Enriqueta Jiménez. Sua vida profissional começa em 1971, quando ele adota seu nome de batismo. E lança o single “No Tengo Dinero” seguindo daí produções como El Alma Joven, com produção de gente como Chucho Ferrer, Pocho Pérez, e Eduardo Magallanes. Já contemporaneamente, lança sucessos como o álbum Gracias por esperar, em 1994, já pela BMG e em 1999 a Billboard americana o reconhece como The Latin Legend, no qual reconhece o impacto de suas canções no mercado norte americano. E também recebe na Espanha a honraria Premio Ondas uma cerimônia diante da realeza espanhola. E o Maná consegue um Grammy Latino pela interpretação de seu tema “Se me olvidó otra vez” e o Jaguares se mantem no topo das paradas com a canção “Te le pido un favor”. Em 2010, seu álbum Boleros é fortemente criticado pela critica pois segundo a mesma, este trabalho estava totalmente fora de seu estilo anterior, mas com 1 es Juan Gabriel, reconquista o publico e a critica novamente. Há também a produção de um trabalho que se divide em três volumes que conta com a participação de gente como Jennifer Lopez, Shakira, Marc Anthony, Juanes, Vicente Fernandez, Joan Sebastian, Alejandra Jimenez, Marco Antonio Sólis, Fifth Harmony, Jesse y Joy, Laura Pausini, Emmanuel,Diego Verdaguer, Angelica Maria, Anahi, Luciano Pereyra, Anahi, Natalia Lafoucarde, Jose Maria Napoleon, Paquita la de Barrio, Luiz Fonsi David Bisbal, Espinosa Paz, Carla Morrison, Natalia Jimenez, entre outros. Em 2012 e 2013 continua a lotar estádios. Em 2015 sai a venda um álbum de duetos, chamado Los Dúo, com Vicente Fernandez, Marco Antonio Solis, Isabel Pantoja, Juanes, Laura Pausini, Alejandra Guzmán, Natalia Lafoucarde e José Maria Napoleon, o qual se torna um sucesso. Los Duo 2 traz novidades como Alejandro Fernandez, Marc Anthony, Paty Cantú, Julian Alvarez, J Balvin, Andres Calamaro, Ana Gabriel, Joan Sebastian, entre outros. Por tudo isso, é considerado um dos maiores artistas mexicanos de todos os tempos.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...