Pular para o conteúdo principal

As musicas do primeiro semestre de 2017 (às vezes não lançadas como singles) parte 7

Dangerous The XX do album I See You, lançado em 13 de janeiro de 2017 Os introspectivos The XX deram uma erdadeira guinada em sua sonoridade nesse terceiro album, intitulado I See You. E essa faixa abre o album de forma absolutamente brilhante, pois se trata de um funk recheado de sintetizadores e guitarras espertas. A letra da canção também se trata de uma personagem que tenta se autoafirmar de todas as formas. They say we're in danger But I disagree If proven wrong, shame on me But you have faith in me So I won't shy away Should it all fall down You'll have been my favorite mistake Eles dizem que estamos em perigo Mas eu não concordo Se isso se provar errado, sentirei vergonha Mas tu tens fé em mim Então eu não passarei vergonha com isso Se nos cairmos em desgraça Você terá sido meu erro favorito Trata-se de uma letra de canção sobre alguem que não mede as consequências de seus atos, de alguém que gosta de viver perigosamente desde que tenha todos os seus desejos de aventura satisfeitos. Aláis, as melhores canções são sobre pessoas que gostam de viver o hoje sem pensar nas consequências de amanhã. They say You are dangerous, but I don't care I'm gon' to pretend that I'm not scared If this only ends in tears Then I won't say goodbye 'Cause I couldn't care less If they call us reckless Until they are breathless They must be blind Eles dizem Você é perigoso Vou fingir que não sinto medo Mas somente se isso terminar em lágrimas Então não direi adeus Porque eu poderia ser menos cuidadoso Se eles nos chamam de imprudentes Até que estejam sem folego Só podem estar cegos Uma canção relatada por quem gosta de viver a vida perigosamente, sem se preocupar com o amanhã. E as guitarras casam charmosamente com os sintetizadores, dando um toque de anos 70 aos arranjos essa musica esplêndida. Nota 90 São Paulo Malu Magalhaes, do album Vem, lançado em 9 de junho de 2017 Mallu Magalhaes se mostra bem solta e à vontade com esse novo album, Vem, em que ela transita facilmente por ritmos sonoros díspares como bossa nova, folk, pop e samba. Mesmo com todas as polêmicas (ela foi acusada de racismo no clipe de sua boa música Você não presta, em que baliarinos negros de corpos untados de óleo foram mal vistos pelas pessoas adeptas do politicamente correto, e também depois de uma polêmica declaração dela no Encontro da Fatima bernardes de que ela mesmo sendo branca sabia compor sambas) mas a despeito de tudo isso é um bom álbum que mostra que ela amadureceu e bastante como cantora e compositora, nesse album multi estilo produzido por seu esposo, Marcelo Camelo que era da banda Los Hermanos e recentemente os dois fizeram parceria de sucesso na agrupação Banda do Mar. Essa canção de acordes simples, ela faz uma homenagem a cidade de São Paulo Sou gata da vida, eu venho do mato / Da selva de pedra, São Paulo/ Praça da Sé, laço de fita / Passei e passará/ Bolo e café, só dois e trinta, e tambem ao fato de ela ter amadurecido de repente, mas que isso só lhe trouxe boas coisas e atitudes mais pensadas: Você que me ature e não há quem segure /A coragem dos meu vinte e quatro. A grande verdade é que apesar de todo o ataque do politicamente correto, a garota que começou com videos no youtube aos 16 anos de idade amadureceu bastante na sua lírica. Será que foi depois do nascimento de sua filha? Sei não, mas agora, podemos dizer que está valendo muito a pena ouvir Mallu. Nota 80

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...