Pular para o conteúdo principal

O que esperar da Música em 2018?

Se 2017 foi um ano incrível em matéria de música, então podemos dizer que 2018 será muito produtivo... é o que esperamos. Visto que há varias promessas de ótimos discos para esse ano que já começa turbulento, vamos listar algumas promessas de 2018.
Jack White
Jack White não lança nenhum album desde 2014, quando lançou o ótimo Lazaretto, que trazia como sempre a sua encantadora marca de ser blues_ alternativo. White lançou nesse intervalo músicas para trilhas sonoras e parcerias como dinossauros como Elton John_ que para tristeza de seus fãs, já avisou que vai fazer uma longa turnê de despedida, que pelas suas previsões deve durar até 2021. O músico já lançou canções no final do ano pra cá, como Connect by Love e Respect Commander,que já deram a tônica que o novo album de White não trará nenhuma surpresa em relação aos seus anteriores e pelo design da capa do single, ele continua fanático pela cor azul.
Connected by Love trás um riff blueseiro, e descamba para o rock alternativo, algo não muito longe do que ele fazia na sua antiga banda, The White Stripes. Uma balada que deixa bem claro que Jack vem forte nesse album e pode até mesmo figurar entre os melhores de listas futuras de 2018, por que não.
Respect Commander é um som mais alternativo, que começa rapidinha e lembra bastante som de bandas como Franz Ferdinand, por exemplo. Mas logo após lembra tiradas sensacionais de rock progressivo e depois volta ao alternativo mas mergulhando profundamente no experimental, marca de seu primeiro album solo, Blundebuss.

Franz Ferdinand
Franz Ferdinand não vem com nada inédito desde Right Thoughts, Right Words, Right Action, mas pelas músicas apresentadas também tem tudo para também constar nas listas de melhores de 2018. Quem já ouviu as músicas lançadas, a ótima faixa título e também a dançante e tristonha (LCD Soundystem, helloooo) que começa com uma levada de synth que marcou o som indie de bandas como Bloc Party e o próprio Franz.... Espera-se que esse disco seja daqueles que botam para dançar, mas também trazem músicas reflexivas e que mergulham a gente em pensamentos de como a vida pode ser efêmera, e que temos mque aproveitar o que nos é oferecido.

Beach House
Já faz três anos que a dupla de Baltimore veio com dois albuns o ótimo Depression Cherry e Thanks for our lucky Stars, e mesmo no ano passado já vieram com um album de lados B, mas seria interessante que eles viesem com album inédito agora em 2018, pois já se passam três anos do lançamento dos dois albuns citados. Por enquanto não há nenhuma notícia de que eles tenham sequer lançado algum single, mas a nossa esperança continua. O que pode ser lançado? Eles podem continuar na mesma linha de músicas etéreas e dream pop que os tornou famosos, mas por que não algo experimental e mais eletrônico? Como já sabemos, tudo nesses artistas é possivel.

Adele
A rainha do sou já vai para dois anos sem lançar nenhuma album inédito. Depois do mega lançamento que foi o 25, se seguir a lógica agora ter-se-á o 29? Tudo pode acontecer. Para esse novo trabalho, seria interessante Adele continuar a interessante temática de sempre usar temas pessoais nas suas letras mas uma mudança de sonoridade seria algo bem atraente para os nossos ouvidos...


Thom Yorke
Eu daria o palpite que o vocalista do Radiohead pode nos surpreender com um album solo sim em 2018. Ao que tudo indica já tivemos o prazer de ele lançar uma musica inedita no finalzinho de 2017. O que esperar? a sonoridade eletronica que vem marcando a sua produção tanto com a banda quanto solo, e com umas letras mais sentimentais, mas o interessante mesmo seria a continuação de suas reflexões sobre alienação tecnológica, que ele vem fazendo sublimemente.

Beyoncé
A musa do r&b pode ser que venha com um trabalho novo, mas talvez para o final desse ano. Depois do megasucesso do Lemonade, tanto com a crítica quanto com o público pode animá-la a realizar algum feito esse ano, mas esperemos algo bem diferente de Lemonade, até menos engajado, e com as letras ainda mais confessionais, e com uma sonoridade mais eletrônica.

Caetano Veloso
Sim o rei da tropicália está disposto a vir com um trabalho novo. Faz seis anos após Abraçaço e sim, é de se esperar que ele venha com algum trabalho novo, politico e motivado pelos acontecimentos políticos que vem agitando o Brasil desde 2016. Esperamos, se Chico Buarque surpreendeu, espero sinceramente que Caetano traga algo de novo.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...