Pular para o conteúdo principal

O indie não tem fronteiras

O indie não tem fronteiras


O Indie não tem fronteiras!

Cara, realmente o indie é do carai, véi!! Eu estou  em êxtase após ter ouvido uma banda argentina chamada El Otro Yo. Com esse nome rimbaudiano, já dava para prever do que eles eram capazes. Essa banda é das ótimas. Com influência clara das bandas de rock alternativo dos EUA_Pixies, Pavement, Nirvana,  e o noise rock de Sonic Youth_esse fato é  evidente em suas músicas, eles já são uma banda com 24 anos de estrada, porém nunca ouço uma musica deles em uma radio rock. É impressionante o fato de as radio rock daqui de Sampa só darem vitrine às bandas  indie  estadonidenses e britânicas. E com bandas desse quilate aqui tão perto, simplesmente não são veiculadas nos canais radiofônicos pelo  fato de ... serem latinas? As rádios se esquecem do que está tão próximo de nós, que somos latinos!
Depois desse meu desabafo, vamos á historia da banda. Formada em 1989 pelo casal de irmãos Cristian e Maria Fernanda Aldana, eles tem uma carreira consolidada na Argentina, e é uma das bandas que mais produziram álbuns no cenário independente latino na década de 90...  .Conhecidíssimos, ótimos, um verdadeiro arraso, mas as rádios de Sampa estão pouco se importando.  Só querem nos empanturrar de anglicismos! Mas tudo bem...!
E são fãs de Nirvana. Quando Kurt e Courtney Love foram se hospedar em um hotel da Argentina, eles se disfarçaram de funcionários do hotel para se aproximar deles e entregar-lhes uma demo de sua recente El Otro Yo. Que pena que a Love não os deixou ver Kurt,   dizendo que o mesmo  que estava "dormindo."
Que tal  se as rádios daqui   passassem a   dedicar uma hora de sua programação as bandas latinas? Fica a dica!

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...