Pular para o conteúdo principal

A nova música do Franz Ferdinand marca um retorno ás origens

A nova música do Franz Ferdinand marca um retorno ás origens.

Acabo de ouvir a nova musica do Franz Ferdinand. Adorei. Muito divertida, a começar pelo vídeo, que mostra os integrantes em alguma fase escolar. Com uma letra que nos leva a ficar felizes, uma ode a diversão e ao entretenimento. Muito legal. Guitarras e baixos casando perfeitamente com a alegríssima letra. Tem tudo para ficar no topo das paradas britânicas, americanas e do mundo afora. Lembra o Franz dos tempos do disco homônimo e do segundinho, You Could Have It So Much better. Tem a animação das musicas dos trabalhos anteriores, mas é mais garageiro, em contrapartida com o terceiro CD deles, que era mais voltado a dance punk. O Franz segue uma vertente mais divergente do Strokes. Preferiram não ousar muito. É uma banda meio  linear, o que na música em nenhum momento significa falta de criatividade. Seus discos são todos aparecidos, calcados em um  ótimo pós punk revival que há muito vem acompanhando a   banda e assim deixando assim felizes seus fãs_e a critica, que pode levar um artista ao céu, ou ao inferno.
As bandas que continuam sempre seguindo a sua forma inaugural costumam ter longevidade. E no indie isso é muito comum. É só vermos os exemplos bem sucedidos do Arcade Fire e dos Arctic Monkeys. Os discos dessas bandas são  todos muito parecidos, eles tendo apenas o cuidado de retirar os excessos no disco atual, que às vezes podem ter sido  mencionados por algumas resenhas criticas. Artistas que fazem isso costumam ir mais longe, e a serem  bem sucedidos.
Voltando ao Franz... A musica é um arraso. Obrigada Franz, por vocês sempre  nos surpreendermos mesmo com o trivial. Pois no indie, mudanças muito bruscas de sonoridade parecem ter dado certo apenas com o Radiohead, que há muito já deixaram de ser indie e viraram fonte de referencia para outros músicos. Vida longa ao Franz!
Nota: 8,5
 
 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...