Pular para o conteúdo principal

Mais uma esplêndida noite indie

Mais uma esplêndida  noite Indie!

Aê, meus lindos, ontem eu tive o privilégio de apreciar mais um evento indie, no nosso querido Sesc Carmo ( olha o merchand!), a banda Garotas Suecas, que estavam apresentando o repertório de seu segundo disco,  Escute as Feras a ser lançado,  nas lojas de todo o Brasil,  em 15 de Setembro. Mas já com uma previa de download gratuito em seu site oficial. Corram lá.
A banda, que é daqui de São Paulo, é composta por cinco integrantes, Guilherme Saldanha (voz e gaita), Thomaz Paoliello ( guitarra), Irina Bertolucci (órgão/ teclado), Fernando Machado_ Perdido (baixo) e Nico Paoliello (baterista), e tem como principal influencias bandas como Pavement e Velvet Underground. Nota-se também neles uma pequena semelhança com outra banda ótima do nosso circuito indie, Autoramas.
Eles estão ativos desde 2005 e tem na bagagem o ótimo CD Escaldante Banda, que lhes alçou ao cenário roqueiro indie nacional. Eles já faturaram prêmios, como por exemplo, o  prêmio de "Aposta MTV" no VMB 2008. Eles também colecionam indicação a prêmios como melhor vídeo clipe e 2011 por "Banho de Bucha", do Banda Escaldante, e melhor capa, pelo mesmo CD. E tem se apresentado por EUA e mundo afora, tal como o CSS, e o Bonde do Rolê. E segundo a Rolling Stone, os EUA já se renderam a eles. Aí, sim.
Ontem, no SESC Carmo, eles estavam se apresentando para uma privilegiada plateia de  pouco mais de 50 pessoas, no restaurante 1 do SESC. Mas o que todos nos estávamos vendo era uma banda engajada em mostrar o quanto o talento faz a diferença. Eles são músicos excelentes.  Eu fiquei impressionada. São pessoas apaixonadas pelo que fazem. E Sal estava trajando uma camiseta que parecia trazer a silhueta de Lou Reed, deixando claro quem foi a sua maior influência.
Eles estavam apresentando uma mescla de seus hits antigos, do primeiro CD, e divulgavam também músicas de seu novo CD, que deve de ser lançado por volta do dia 15 de setembro, cujo nome será Escute as Feras. Esse disco promete ser animadíssimo. Com destaque para a ótima ( e segundo Irina, a voz feminina do Garotas, a mais fofinha e de luau) O Primeiro Dia, que na minha opinião parece ter  potencial para ser um dos futuros hits deles. Eles também homenagearam Os Titãs do  Iê Iê Iê, que em 1983 tiveram a música Charles Chacal censurada, por  ter uma temática de ode ao psicopata. Eles resolveram fazer uma cover desse clássico dos Titãs, e garanto a vocês, se  a versão ao vivo ficou do carai, imagine no álbum.
E no final, eles foram muito carismáticos e atenciosos com nós, os privilegiados, vendendo-nos souvenirs como camisetas, um compacto com as suas novas musicas, e o EP Dinossauro, de 2008.
 O disco tem tudo para ser mais um clássico indie, pode apostar.
Play List do show:

alma
manchetes
bucolismo
pode acontecer
ela
new country
la disco
não se perca por ai ( essa eu curti para carai, velho. Tem potencial radiofônico!)
nuvem ( feat rapper Loudes da Luz)
roots
sunday night
primeiro dia ( o primeiro single do álbum)
charles chacal ( cover dos Titas censurada em 1983)
eu vou sorrir
bicho






Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...