Pular para o conteúdo principal

Albuns top de 2014 Gigante Gentil Erasmo Carlos

O tremendão fez um álbum melhorável, desses que realmente vale a pena ter na estante. Oriundo da Jovem Guarda, ele reúne nesse álbum elementos de rockabilly, country, pop e surf music. O álbum venceu a categoria de álbum de rock brasileiro do Grammy latino com muita categoria e eu digo; merece estar na lista dos melhores álbuns do ano de qualquer ouvinte. Gigante Gentil, a faixa titulo, hipnotiza com o seu riff de guitarra. Sobre um homem durão mas que tem um coração de manteiga. Uma das melhores faixas do álbum. “Dizem por aí que eu tenho cara de bandido; que eu mastigo abelhas só para degustar o mel; que eu faco o tipo cafajeste e gigante bruto; que eu sou o espinho do caroço que sobrou do fruto” “mesmo hostil, qualquer gigante pode ser ... gentil” 50 Tons de Cor é sobre amor e sofrimento, por estar longe da pessoa amada. “ nem sente dó da minha cruz.” Colapso consegue ser pop e bem humorada, sobre as alienações provindas do caos tecnológico em que vivemos, pois com tanto meio de comunicação e rede sociais, as pessoas estão cada vez mais sem se falar umas com as outras. E fala sobre a má administração dos Estados Nacionais e desabafa: “ Sem Facebook não encontro Deus.” Coisa por coisa parece um ska bem suave. Sobre reflexão sobre assuntos universais. Sentimentos Complicados relata sobre o quanto o desprezo pode deixar uma pessoa no chão.”E o que vai restar de mim; se você me olhar de longe.” A faixa seis é rockabilly e country no duro. Também sobre verdades universais, e a imutabilidade delas... “Já que a vida brinca de fazer o obvio...” Manhãs de Love é sobre o conformismo no amor. Soa como a melhor canção brega que se podia conceber. Moça é sobre o fato de ele ter de fazer de tudo para estar à altura da moça amada por ele... Amor na Rede fala sobre as redes sociais e no quanto elas ditam regras na vida das pessoas. Também soa como uma típica musica brega, Caçador de Deusas é sobre um conquistador nato. E tem elementos de musica country norte americana. Alem do Horizonte é uma regravação de um sucesso dele com Roberto Carlos soa mais pop e no introdução parece country. Um álbum muito interessante, coeso e de fácil apreciação. Nota: 8,5 ´

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...