Pular para o conteúdo principal

Albuns top de 2014 parte 2 Lazaretto, Jack White

Albuns top de 2014 parte 2 Lazaretto, Jack White O que os encantadores Royal Blood fazem hoje devem muito a Jack White, que na decada passada fez muito sucesso com Meg White, sua ex esposa, ao fundar o The White Stripes. Seu álbum atual, concorrente a álbum alternativo do Grammy, é em muito uma continuação de Blunderbuss, seu álbum de 2014. Tem Blues a valer e uma pitada de folk. Vamos aí? Three Women, a primeira faixa, parece ser pop, mas é claro que tem uma pegada bem bluesesca. Fala sobre uma fotografia que ele fez com três mulheres de etnias bem diferentes, e do quanto isso foi divertido para ele. E a noite ele pensa em como conseguir uma mulher, já que se encontra sozinho. Consegue mulher na Califórnia, em Detroit e em nashville. Mas tem trabalho para mante-las. É uma musica sem duvida bem humorada. Lazaretto começa com um riff de baixo, e é também bem pop. É uma canção bem confessional, e tem trechos em espanhol... com um solo interessantíssimo, e também muito bem humorada. E confessa que tem filhos ilegítimos. (kkkk). Temporary Ground é uma musica que remete ao country. E fala sobre a efemeridade terrena de uma forma bem humorada. E diz que Deus nos mantém a ilusão de que a terra é o nosso lar definitivo, sendo que isso não é verdade. Would you fight for my Love, a faixa de que eu mais gosto, começa etérea, e relata que a pessoa amada usa o sol para tapar a peneira e tentar apagar o passado, mas ele não, encara tudo intensamente, pelo contrario. E é bem pungente ao perguntar: “se eu te machuquei anteriormente; você é capaz de ignorar isso?” “Eu quero que você lute por meu amor” Highball Ball stepper é instrumental e junta country ao alternativo interligando-os por um solo de piano. Just one Drink é uma canção bem humorada com direito a clipe baseado em um bar em futuro próximo, e que fala sobre o quanto as diferenças podem existirem entre pessoas que se amam. Alne in my home, country, conta sobre a dor de estar sozinho. “ eu estou me tornando um fantasma pois ninguém me nota” Entitlement, a oitava faixa, folk rock até segundo grau, fala sobre a pessoa se sentir tão só a ponto de se sentir invisível. E em um desabafo: ‘eu aposto que ninguém no mundo é tão intitulado; nem mães, nem crianças e nem reis.” A próxima faixa fala sobre como é ter de conviver com alguém que seja auto suficiente. E cheio de si em suas opiniões: “você não quer perder a parte de sua mente; responsável pelas opiniões?” e se recusa a ouvi-las, se comportando como um Dumbo. A faixa 10, I think a found the culprit, é folk, e relata sobre encontrar o culpado de seus problemas. E a faixa 11, want e able, é sobre a pessoa querer e poder realizar seus sonhos através da utilização de suas habilidades, e conta isso em forma de uma parábola. “Querer e poder, são duas diferentes coisas, um o desejo o outro o significado, como eu querer você e deitar com você.” Vale lembrar que White estará em solo brasileiro no próximo Lollapalooza, como headliner. Reze para ele fazer uma parceria com Robert Plant, ex-Led Zeppelin, que é aliais um dos ídolos de Jack. Já pensou que show? Nota: 8.0

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...