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As musicas do primeiro semestre de 2106 parte 3

No era para vos, Los Fabulosos Cadillacs, La salvacion de Solo Y Juan Os Fabulosos Cadillacs estão de volta depois de 17 anos com essa opera rock que conta a historia dos irmãos Solo Y Juan, filhos de um cuidador de um farol, e vem com esse single lançado em 28 de abril de 2016, que traz uma mescla de canção de rock alternativo e musica eletrônica, e que traz uma letra reflexiva e meio que cíclica. Trata-se de uma canção em que é reproduzida uma discussão de pai e filho, pois já sabemos que o álbum é conceitual sobre a relação que os irmãos tinham com os adultos que os cercavam, como o pai, a mãe e um professor que os atormentavam com a sua autoridade. É uma letra de desabafo, e de uma certa melancolia. Nota: 85 Bobo J balvin, Energía Jbalvin é um cantor colombiano de reggeaton, e de seu álbum Energía saiu esse single, que tem elementos de hip hop e musica eletrônica, em um ritmo frenética que esconde uma sátira. A canção fala sobre um bobo, que está tentando conquistar uma garota que é objeto de desejo do eu lírico da canção, e ele afirma que se o bobo tentar tirar a garota dele, ele fugirá com a menina. O bobo provavelmente deve de ter um forte compromisso com a garota e o eu-lirico quer mudar isso de todas as formas. J balvin é um grande exemplo de como o reggeaton pode e quer dominar o mundo. Nota: 80 El Borde, Adaptacion La Ley Os chilenos estão de volta depois de um longo hiato com um album chamado Adaptacion, que reflete bem o momento atual em que vivem, de adaptação ao longo período de sumiço deles e de amadurecimento de seu processo criativo. Essa musica tem um ritmo de rock alternativo, com presença de guitarras espertas e linha de baixo, alem de uma letra de apelo, “ Ya no sé quén soy; Ni ló que és el mundo hoy; No hay aires de paz; la dolência és realidade.” Trata-se de uma canção de protesto, em que o eu-lirico se posiciona claramente contra os egocêntricos: “El poder tiene os de corazón pardo; Pero la luz del universo siempre enciende; E ilumina.” Nota: 90 Dark Necessities, Red Hot Chili Peppers, The Getaway O RHCP volta com um álbum de inéditas depois de cinco anos, que dá no mesmo tempo do Radiohead. A canção, como quase todas do álbum, tem as mesmas características que o Red Hot vem tendo ao longo de sua carreira, mesmo com a participação do produtor Danger Mouse (Black Key, Gnarls Barkley U2), mais tem uma letra de reflexão e de apelo, em que o eu lírico diz que as pessoas não conhecem a sua mente e nem o seu tipo. Traz a mesma linha de baixo que vem desde muito longa data alimentando as composições da banda de rock californiana. É uma canção que pode ser classificada, isso causando estranheza nos fãs mais antigos da banda, movida pelo piano, apesar de ter uma linha de baixo já conhecida pelo publico... Mas é mais eletrônica que o RHCP é de costume. Novidade sempre é bom. Nota: 90 Freedom, Beyoncé feat Kendrick Lamar, Lemonade Assim como Formation, é ou outro hino de protesto contra o sofrimento e a violência que os negros vem sendo submetidos ao longo de sua historia nos EUA. Ela começa com um ritmo alucinante, e é claro, conta com a genialidade de Kendrick Lamar nos vocais. Tem estilo classificável como hip hop, e uma letra acida e de protesto como “ Senhor me perdoe, estive fugindo, fugindo de uma verdade cega, vou fazer chover chover nesse amor amargo; Diga ao doce que sou nova nisso.” É uma letra de muita energia, em que ela diz “ que as lagrimas poodem cair, caiam a vontade, e que a ultima delas queime.” “Ou Liberdade, me liberte”, é o grito de protesto da rainha do R&B. Nota: 95

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