Pular para o conteúdo principal

Aperitivo: Cutthroat, Shame.

Selo: Dead Oceans Gênero: Pós Punk A Shame surgiu nessa nova leva de bandas após o brexit de 2020, em que o Reino Unido saiu da União Europeia, e como seus conterrâneos, Dry Cleaning, Idles, Fontaines Dc (embora sejam da Irlanda, se encaixam sim nessa leva de poetas urbanos da Ilha Britânica) cujas músicas exalam raiva e inconformismo com esse excesso de "nacionalismo" do Uk ainda mais exarcebado com a ascenção da extrema direita em várias partes do globo, que tem levado a readoção de valores arcaicos e preconceituosos que já eram para estar em desuso. Os Shame não se acomodaram. Seus três primeiros trabalhos mostram ao ouvinte um pós punk mais viceral e mais orgânico, mas nesse novo Cutthroat (palavra britânica para Crueldade, ou "corta gargantas" como em uma tradução mais literal) eles se reinventam para caramba, tem elementos techno, eletrônica, samples inclusive de musicas brasileiras ( a imperdível Lampião) que dará realmente um verdadeiro caldo quando ( e se) eles vierem tocar no nosso país em uma Casa Audio da vida. Cheio de referências eletrônicas, parece ser o caminho das bandas de pós punk pós Brexit, como podemos ver no Romance, recém indicado ao Mercury Prize dos Fontaines Dc e também no Crawler, album de 2021 da Idles, o que indica que adotar beats e samples, é o caminho natural da maioria dos artistas que tentam fazer algum tipo de reinvenção. Vida longa aos Shame, por resistirem bravamente aos periodos pandêmicos, nossos ouvidos agradecem. Highlihts: Lampião, Screwdriver, Axis of Evil

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

As músicas do primeiro semestre de 2017 (às vezes não lançadas como singles) parte 8

Creature Comfort Arcade Fire, do album Everything Now, a ser lançado em 28 de Julho de 2017 Todo mundo sempre soube que a banda indie de Montreal, a parte que fala francês do Canadá, quase sempre flertou com o eletrônico. E tambem com o glam rock e a era disco. No álbum The Suburbs, vencedor do Grammy de 2011, isso já tinha sido evidenciado, mas no seu trabalho Reflektor, isso ficou mais ainda notório, a ponto de terem até chamado David Bowie, icone do Glam Rock das décadas de 70 e 80 par dar uma palhinha. Com canções robóticas ( isso no bom sentido da palavra), futuristas, que iam das influencias caribenhas da vocalista Régine, que passou parte de sua infância no Haiti, á nostálgica Afterlife e a reggueira Flashbulbs Lights, o disco já se mostrava um bom álbum de musica eletrônica, sim. Mas nesse vindouro trabalho_ quando esse texto vem à luz, faltam oito dias para que o álbum seja lançado_ eles resolveram assumir de vez que amam os anos 70 e 80, como a era disco e a era Abba os ma...

Emicida - DVD "10 anos de Triunfo" - Levanta e Anda part. Rael (Ao Vivo)

Emicida foi uma das maiores promessas que apareceu no rap/ hip e hop brasileiro nos Últimos anos. E o cantor paulista resolve unir forças ao também rapper Rael para fazer um clipe ao vivo, da famosa música de Emicida chamada "Levanta e Anda", clipe publicado no youtube em 23 de fevereiro, e essa faixa faz parte de seu DVD ao vivo 10 anos de Triunfo. Dá para perceber assistindo ao clipe que Emicida está totalmente entregue ao público ao dividir os microfones com o seu companheiro Rael, também paulistano, que aliás está com um CD recente lançado em 2016, chamado "Coisas do meu Imaginário". Segundo fontes, o DVD tem como previsão de data de lançamento abril próximo. As imagens do clipe mostram a dupla cantando a canção" que foi inclusa no CD DE 2013 O Glorioso Retorno de Quem Nunca Esteve Aqui", de 2013, em show promovido em São Paulo, em 2017. E Emicida pretende assim realizar o primeiro filme de sua carreira. Tem direção de Fred Ouro Preto e aborda ...

Aperitivo: Weezer, (Teal Album)

Ano: 2019 Selo: Atlantic, Crush Gênero: pop, synthpop Boas: Take on Me, Paranoid Nossa Avaliação: Mista A banda norte americana comandada por Rivers Cuomo está fertilíssima nesse ano de 2019, chega com o Teal Album, um álbum de covers, e também com o Black Album, um álbum de originais, produzido pelo baterista Patrick Wilson e contando com o guitarrista Brian Butler Basicamente as canções têm os mesmos arranjos de sempre da Weezer, rock alternativo e pop, mas o diferencial dessa vez é que eles chegam interpretando grandes hinos dos anos 60, 80 e 90 com propriedade e competência na instrumentação, mas na zoeira na interpretação das canções, a começar pela capa, imitando atores do filme Miami Vice no figurino. A canção Africa chega abrindo o álbum, e percebe-se Cuomo se esforçando para dar uma roupagem diferente a esse verdadeiro hino dos 80 famoso na voz de Toto mas a grande verdade é que nada é acrescentado ao que a gente já conhece dessa canção. Logo vem o maior hino do tears f...