Pular para o conteúdo principal

“A Brain in a Bottle” do novo album solo de Thom Yorke mostra que ele se acomodou como artista

Thom Yorke lançou seu novo trabalho solo,Tomorrow Modern Boxes, quase dez anos depois de The Eraser, seu otimo album solo. E ao mesmo modo em que foi lançado In Rainbows_ pelo preço que o interessado achar conveniente pagar. E o seu single (?) já está desfilando pela rede, e se chama A Brain in a Bottle. De novo a mesma forma marcada que os catapultou ao sucesso: aquela canção mais focada na textura sonora do que propriamente na letra. Realmente, não dá mesmo para se esperar uma novidade do quinteto de Oxford: eles vão ficar para todo o sempre investindo nessa musica ambiente que eles vem praticando desde Kid A, de 2000. Não tenho a menor esperança de que o novo album do Radiohead vá ser diferente do que eles vem fazendo nos ultimos 15 anos. Talvez eles tenham já se acomodado. Ou estejam sofrendo de algum tipo de bloqueio criativo. Coisa que já dura mais de 15 anos. O Radiohead já cansou. Mas eles se negam a perceber isso... Nota: 8,0

Comentários

  1. Ele não se acomodou, ele se encontrou como artista solo. É o estilo dele, o que gosta, e o que vem perseguindo musicalmente. A produção do álbum esta fantástica, e parece que vc ouviu apenas Brain In A Bottle, mas Interference, Truth Ray e Nose Grows Some são bem diferentes do que ele fez antes e tem algumas de suas melhores melodias, comparáveis às melhores de The Eraser.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...