Pular para o conteúdo principal

Radiohead ja começa a cansar!

Aproveitando o ensejo de um colunista da Rolling Stone norte-amercana, que citou Queens of the Stone Age como a única banda genuinamente rock da atualidade_ deixando para trás nomes importantes como U2, Foo Fighters, Radiohead e Pearl Jam, eu quero escrever dessa vez que o Radiohead, que foi uma das bandas mais inventivas dos anos 90, já não encanta como outrora. Bem ao contrario dos latinos Café Tacvba, que tem uma sonoridade próxima a da deles e ainda conseguiu lançar um álbum incrível, no final de 2012, El Objeto Antes Llamado Disco, o quinteto de Oxford já começa a cansar com seus álbuns experimentais e de canções tristes, o que sem duvida abriu caminho para artistas como The XX E Bon Iver. Uma espécie de “mais do mesmo” sem data para ter um final. Desde Kid A, o mega sucesso de 2000, o Radiohead parece ter se enveredado por uma espécie de caminho sem volta: sempre a mesma formula, melodias ambientais e musicas sobre a alienações do ser humano. Mas o Kid A é de 2000. E já estamos em 2014. São 15 anos no mesmo caminho. E são quatro discos de estúdio depois de Kid A: Amnesiac, Hail to the Thief , In Rainbows e Kings of Limbs. Sem contar o álbum solo de Thom Yorke, Eraser, de 2006. Nesses 15 anos, surgiram Arcade Fire, Strokes, The Black Keys, Franz Ferdinand, The XX, Mumford e Sons, Anna Calvi, Royal Blood, sacudindo o indie! E os Radiohead na mesmíssima! Chega uma hora que não se aguenta mais. E o que acontece, é que nem os fãs e nem a critica começam a não esperar mais por um álbum deles. Não faz falta, simplesmente. A paciência se esgota. O encanto acabou... Acordamos para uma realidade inexorável: o Radiohead cansou. Desculpem-me, fãs, mas é a mais pura verdade. Agora Radiohead se tornou a bola da vez. A pressão de um álbum novo passou para eles, depois do U2 ter lançado o convencional, porém ótimo Songs of Innocence, com uma pitada oitentista. E eu confesso: outro King of Limbs vai ser decepcionante. Espero surpresas para o final de 2014 ou para 2015, afinal, os Radiohead são uma banda tão pouco acima da média, não é?

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...