Pular para o conteúdo principal

Amor Supremo Carla Morrison

A estrela de Tecate, na Baixa Califórnia mexicana está de volta com esse álbum incrível, que apesar de não ser acústico quanto o prestigiado Dejemne Llorar de 2012, trazer uma conotação mais pop que a aproxima da estrela novaiorquina Lana del Rey, segundo o Pitchork traz em seu corpo canções tão tristes e pungentes quanto a do álbum anterior. Un Bejo, que foi o single de divulgação do álbum lançado em 20 de outubro_ a canção foi lançada no inicio do mês de outubro, ela diz que vai roubar um beijo e também sequestrar a pessoa amada. Tem uma batida meio funk, mas ainda calcada no dream pop que a tornou famosa. “Eres uma ilusion que persigo, eres bueno e malino.” Tem uma batida eletrônica que o diferencia do trabalho anterior, e impulsiona o amor a segui-la dizendo “ Vamonos lejos.” Depois vem as outras, tão tristes quanto Adele em seu 21, Flor que nunca fui, com uma introdução de eletropop, mas que descamba em uma canção de rara beleza, “tu has roto em mi, todas las barreras de dolor que construi, e também Vez primera, em que ela começa relatando que seu amor partiu para junto da vida nova junto a outra mulher, tmbem tem essa batida eletrônica que quase não tinha no álbum anterior. Em Azucar Morena, a melodia vai para o eletrônico, em que a autora fala sobre uma mulher super atraente para quem ela dedica a canção. Em No vuelvo mas, mas um desabafo sobre como ela tenta seobreviver sem o amor que mais uma vez não deu certo. “ yo te amo, com locura desmedida, e eso me causa mas dolor a mis heridas.” Cercania já mostra o quanto Carla mudou nesses três anos, pelo menos na sonoridade. Cercania, que significa proximidade, é uma canção que brinca com os paradoxos e com uma batida mais pop e eletrônica. A faixa seguinte, é etérea e bem mais pungente, com coro de vozes que a torna encantadora e tem desenvolvimento junto a uma melodia única de piano, lembrando o jazz de Adele no seu 21 e no 25 em canções como Remedy, feita para seu filho . Mi secreto, é sem duvida a mais bela canção do álbum e conta como mesmo esse amor fazendo mal, ela não quer viver sem ele de forma nenhuma. Também remonta ao pop de Dejemne Llorar seu trabalho anterior. A próxima faixa tem também uma conotação mais pop e relata como a distancia só serve para aumentar um sentimento que já tenha se tornado incontrolável. Yo vivo para ti lembra uma canção gospel, e ela trabalha bem a voz nessa canção. Tu atacas também foi utilizada na divulgação do álbum antes do lançamento e fala sobre como a pessoa pode atacar em silencio e deixar a quem a ama em desassossego. Mil anos é nostálgica e lembra a million of years de Adele em seu 25, pois relata de saudades que a atormentam até hoje e mesmo assim ela as persegue. Todo pasa é sobre como tudo nessa vida por mais que doa e faça sofrer, tem o seu término. Faixas de destaque: Um Bejo, Cercania, Mi Secreto, Tu atacas

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...