Pular para o conteúdo principal

Dancê, Tulipa Ruiz

Tulipa Ruiz já vem há tempos fazendo álbuns incríveis e que deixa a critica de queixo caído, mas parece que ela só surge com força para os jurados do Grammy Latino somente com esse terceiro trabalho, de longe o mais pop de sua já extensa carreira. Ela mostra muita desenvoltura e parece se divertir à beça com as letras desse seu novo trabalho. Mais uma vez contando com o irmão e parceiraço Gustavo Ruiz, as letras emanam pop. A faixa de inicio, ela demonstra está cheia de mimimi com alguém que luta com todas as forcas para não amadurecer. A canção foi tema de Lourdeca e Visky, o casal pouco provável de Verdades Secretas que decolou, interpretados pelos atores Rainer Cadete e Dida Camero. Proporcional foi o single de divulgação do álbum e conta com efeitos eletrônicos e desenvolve com um leve aspecto de funk, falando sobre como é difícil as pessoas acharem quem se ajuste a elas. Tafetá conta com a participação de seu irmão nos vocais. A seguinte faixa tem características de pop rock, e fala sobre “zero reflexão para entrar no estado zen”. Reclame também segue essa linha, mas também flerta com o funk. E parece ser a canção em que mais o alcance vocal de Tulipa aparece em evidencia. Expirou tem melodia que a aproxima da MPB e relata sobre a melancolia que a cantora sente da ajuda de amigos e de tempos mais passados. Jogo do Contente, a sétima faixa, desabafa sobre a rotina que massacra a todos, e a prisão das pessoas por usarem a aparência para conquistar as pessoas. A próxima faixa, pop rock, fala sobre o quanto o reacionamento findo ainda o maltrata, mas de forma muito bem humorada. Físico é a minha faixa preferida e fala também sobre a pessoa gostar de outrem apenas pela aparência. Oldboy é uma canção esperta sobre melancolia e saudades, e fechando o álbum, aparece Algo maior. Uma canção sobre desejo de um futuro melhor e de mais sorte no amor. Um álbum muito bem amarrado e que merecidamente teve de ser reconhecido como um álbum de bastante qualidade sonora. Faixas de destaque: Prumo, Proporcional, Físico, Algo Maior

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...