Pular para o conteúdo principal

As musicas que marcaram 2015_ parte 2

Cupim de Ferro- Lenine feat Nação Zumbi Carbono Lenine é um senhor compositor pernambucano que sabe das coisas. Entao, para compor essa perola que é essa canção foi á procura dos icones do maracatu Nação Zumbi, que mesmo sem a ilustre presenca de Chico Science continuam fazendo miserias pela MPB. O que resultou foi um hin que exalta a MPB e tem fortes batidas do maracatú, e uma letra instigante. A canção fala principalmente de como o eu lirico é calejado e de todo o caminho e todo o sofrimento que percorreu para chegar ao grau de experiencia em que se encontra. Tudo com arranjos irresistiveis e batidas tipicas do maracatú. Não tem como nao achar beleza num tipo de canção assim. Eu sei de todo caminho que andei Sou feito de barro batido e berro Sempre topei com madeira de lei A ciência já me fez cupim de ferro Sem dúvida uma cançãode muita qualidade lirica e de muito boa sonoridade, ingredientes que fazem qualquer canção se tornar inesquecivel aos ouvidos de quem tem o privilegio de topar com ela. Nota: 85 Amor Eterno Fonseca e Victor Manuelle Conexión Fonseca é um cantor de musica tropical da Colombia, e vem com um novo album para com toda a certeza brigar nas categorias principais do Grammy Latino de 2016 e dar trabalho a gente como Jesse Y Joy e Carla Morrison. Nessa canção, ele incorpora na sonoridade elementos da cumbia e do trop pop, algo que seu conterraneo Carlos Vives e o dominicano Juan Luis Guerra, atual vencedor do album do ano do Grammy Latino, fazem co maestria. A canção tem um balanço inebriante e sua letra fala sobre despedidas e sauades, e tem caracteristicas tambem da bachata. E conta com a luxuosa presença do cantor porto riquenho Victor Emanuelle, que vem a dar uma moldura mais pop ao sucessoque tem todas as caracteristicas da cumbia da America Latina. Nota 90 . Blank Space, Ryan Adams, 1989 A estrela Taylor Swift, agora muito bem adaptada ao pop mas antes um dos nomes mais importantes do country pop de Nashville deu uma roupagem do final dos anos 1980 a essa canção super confessional, mas com a sonoridade proxima da década que ela mal viu visto que nasceu em 1989, mas coube a Adams,que ainda navega no coutry, dar o acabamento introspectivo que a letra da canção pedia. Ou seja, como muitas das canções já lançadas por Swift, fala de relacionamentos e por isso, Adams a toca em ritmo de country, mas com uma pitada de folk, e ela se tornou bem lenta, e por isso mesmo tão interessante quanto com a artista original. Nota 95

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...