Pular para o conteúdo principal

As músicas top do primeiro semestre de 2015

As músicas top do primeiro semestre de 2015 Frevo por acaso nr 2 Cicero, álbum A Praia Cicero Rosa Lins vem forte nesse segundo álbum, que vem a aprofundar a tese feita no seu primeiro álbum. E a canção que abre o álbum é uma mistura de MPB com pop rock, passando pelo regional. A canção tem acordes simples, mas se trata de uma canção que se tornará inesquecível. Com uma letra esperta e que diz muito em poucas palavras. Ela começa suave, e depois com batidas psicodélicas, suave para ouvir durante a estadia em um domingo de praia á tarde. Seu trecho mais forte é quando ele diz “ velhas roupas e ressentimentos na rotina dos sonhos pequenos.” “ Vou sem culpa pela via Dutra” funciona como um refrão que diz que ele não está se importando com as dificuldades ao redor. É sem duvida uma canção bem trabalhada e disfarçada de simplicidade. Físico, Tulipa Ruiz, álbum Dancê Pop rock com pitadas de eletrônico. E a voz inebriante e rasgante de Tulipa Ruiz dá toda a tônica da canção. Que fala sobre o como a aparência é importante para se interessar afetivamente por uma pessoa. Ela reforça bem isso quando diz que tudo o que gosta é puramente físico. Esse não é o melhor álbum já feito por Ruiz, que caiu bem de nível após Tudo Tanto, que foi até eleito álbum do ano pela APCA em 2012, mas essa musica traz graça e leveza ao álbum. “Tudo que eu gosto tá em você é puramente físico”. E a melodia lembra alguns bons momentos da carreira de Rita Lee. “O formato do nariz, osso pontudo do pescoço, o lóbulo da orelha desenho da sobrancelha” É uma canção leve e espontânea. Ventania, Bexiga 70, álbum III O Bexiga 70 se firmou como um dos principais representantes da música instrumental contemporânea brasileira. Lembrando o antigo O Terço, mas contemporâneo. E não é para menos, pois tem usado e abusado de arranjos criativos e melodias pop com uma boa base e dose de jazz. É o exemplo dessa canção. Com acordes que lembram um pop rock ingênuo, essa musica vai muito mais longe em sua pretensão. Chega aos ápices de um jazz cult e moderno. Realmente, tem tudo para se firmar nas listas de melhores musicas do ano por aí afora. Third Eye, Florence + The Machine, álbum How Big How Blue, How Beautiful O album traz uma Florence mais séria na capa em branco e preto, e nas musicas mais concentrada em falar de suas dores de amar. E a grande vedete do disco e Third Eye, que em forma de baroque pop, traça questionamentos metafísicos sobre o amor. A canção vai traçando o perfil de que a pessoa que é o parceiro da garota está pagando um tributo muito alto ao amá-la. É uma canção de temática sombria bem diferente do começo da carreira de Florence, quando as canções eram mais superficiais, com frases como “não faça uma sombra de você mesmo sempre fugindo da luz” “porque há um abismo onde seu coração repousa, e posso ver isso com o meu terceiro olho.” O terceiro olho é intuição da jovem. Uma música sobre transcendentalismo e metafísica. É o melhor álbum da carreira da banda britânica. Que figurará na lista dos melhores de 2015 facilmente. Porque vem e encanta. E arrebata...

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...