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Mais um poeta da MPB nos deixa: até breve Belchior.

A MPB nessas ultimas semanas tem nos deixado mesmo orfãos: primeiro foi Jerry Adriani, agora recebemos estupefatos a notícia do passamento de Belchior, que é tido como um dos maiores letristas dos anos 70 para cá. A notícia chegou a nós no ultimo sábado. Blechior já vivia recluso em uma residência no sul do Brasil, longe dos holofotes e da mídia brasileira, que costuma ser voraz na busca por pessoas influentes. Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes nasceu em Sobral, no dia 26 de outubro de 1946, e era ele e mais 21 irmãos. Nos anos 70, veio para o Sul Maravilha tentar a sorte como compositor e cantor. Logo as suas composições cairam no gosto popular e as pessoas se tornaram apreciadoras de suas obras, que tem entre outras Como Nossos Pais, imortalizada na voz da grande Elis Regina. Ele foi também um dos primeiros compositores do nordeste a fazer sucesso aqui na região sudeste. E seu álbum Alucinação de 1976, é considerado um dos mais revolucionários da MPB. Ganhou também o IV destival Universitario de 1971 com a música Hora do almoço, e tem como seus maiores sucessos AQpenas um rapaz latinoi americano, Como nossos pais, Mucuripe e Divina Comédia Humana. E suas outras composições de sucesso foram Paralelas, na voz de Vanusa, e Galos, Noites e Quintais na voz de Jair Rodrigues. Belchior se encontrava recluso e segundo uma reportagem da Rede Globo, sua última aparição publica teria sido em um show feito em companhia de Tom Zé, em 2009. A nós só nos resta aplaudir tamanho talento que resvala por tantas e tantas gerações.

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