Pular para o conteúdo principal

A seat at the Table, Solange

A seat at the Table, Solange Enquanto Beyoncé embarcou em um caminho sem volta para o pop, sua irmã caçula, Solange prefere se aventurar em um soul e r&b mais próximo da realidade da musica negra norte americana. Ela chega com esse álbum, A seat at the Table, que mostra o seu amadurecimento como artista desde a concepção do EP bem mais pop que esse novo trabalho. Trata-se de um trabalho que amalga funk, r&b, soul e neo soul. Coisa que Lauryn Hill já fez antes e ela, a Knowles se aproxima muuuuito. É o seu primeiro álbum em oito anos, que mostra a que veio. Trata-se de um trabalho fortemente inspirado em pessoas do naipe de Prince e de Erikah Badu. A capa até sugere um repertório mais obscuro, mas as canções são solares, como a ótima Losing You. E Solange apela para o soul psicodélico em seu novo trabalho de estúdio. E traz também os pais, Mathew Knowles e Tina Lawson, nessa luta contra a discrimonação racial norte americana. O álbum tem 21 faixas, e reflete as aventuras de uma mulher negra na poesia americana... Rise traz jazz suave, Weary, traz emoção, e traz Diana Ross and the Supremes em seu corpo. Cranes in the Sky foi agraciada com uma indicação ao Grammy ( em uma categoria secundaria mas vai lá) e uma canção desabafo sobre como aliviar as tensões e a dor atraes dos vícios, como droga, álcool e sexo... E o álbum traz fortes mensagens políticas, mas também apela para o individual de Solange as cordas ao fundo traz melancolia, e a canção Dad was Mad traz um desabafo quanto a Mathew Knowles. Mas, com Lil Wayne, é uma canção cativante. Don’t touch my Hair é uma canção sobre auto afirmação do quanto é lindo ser negro. Trata-se de um trabalho criativo e brilhante, com mensagens sociais coerentes.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...