Pular para o conteúdo principal

Músicas do segundo semestre de 2016 parte 3

Músicas do segundo semestre de 2016 parte 3 Drone Bomb Me, álbum Hopelessness, Anhoni Antony Hegarty vem com um album solo que se tem algumas falhas, beira a perfeição. Nessa canção, ela relata o caso de uma garota afegã que viu a família inteira morrer por causa de um drone. Traz sintetizadores combinando com batidas eletrônicas em um frenético desabafo das desilusões dessa menina. Blow me from the side of the mountain Blow my head off Explode my crystal guts Lay my purple on the grass I have a glint in my eye I think I want to die I want to die I want to be the apple of your eye So drone bomb me (Drone bomb me) Ela desabafa-se sobre o fato que o drone veio e destruiu as suas espectativas e os seus sonhos de cristal. Blow my head off Explode my crystal guts My blood, my blood (Choose me) My blood (Choose me) Choose me tonight Choose me Let me be the one The one that you choose tonight Choose me Tonight Tonight Em outra parte, a garota relata que precisa de amor. E sangra pelo sofrimento. Nota 90 Cranes in the Sky, álbum A seat at the Table, Solange Solange , irmã de Beyoncé tambem fez um album sobre empoderamento feminino e politica. Mas nessa canção, é uma das que ela mais se desnuda, pois fala sobre uma pessoa que se entrega aos vícios – sexo, drogas, bebidas e dinheiro_ para se tornar uma pessoa “realizada”. E a canção é sobre o quanto isso de nada adiantou. Ela relata um verdadeiro desabafo sobre as suas frustrações sobre isso não ter funcionado. I tried to keep myself busy I ran around in circles Think I made myself dizzy I slept it away, I sexed it away I read it away O eu-lirico se arrepende e de nada pode fazer, a não ser mostrar nessa linda canção que as vezes os prazeres da vida faz mais é retirar o nosso sossego.Tudo ao som de muito soul e R&B. Nota: 95 Perfect Illusion, Lady Gaga, Album: Joanne Mais uma perola de Lady Gaga e seu introspectivo album Joanne. Confesso que no inicio achamos a musica estranha, mas logo nos apaixonamos. Parece como A-yo, canção de seus álbuns antigos, e o trabalho vocal de Gaga está perfeito, com sintetizadores, mas fala sobre a desilusão de um amor que era ilusório, como ocorre em outras canções por ai afora. Mas aqui é Lady Gaga. Ela tem muito talento, e conseguiu fazer um álbum bem diferente de seus trabalhos anteriores e da experiência no jazz com o grande Tony Bennett. Está incrível, e irresistível. Valeu a espera.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...