Pular para o conteúdo principal

My Woman, Angel Olsen

My Woman, Angel Olsen Cantora de 29 anos do Missouri, surgiu em 2014 com o aclamado álbum Burn Your Fire for no Witness, que foi bem agraciado com criticas positivas. E agora retorna á baila com My Woman, que se trata de um trabalho onde o dream pop que lembra cantoras como Likki Li e Lana del Rey, pois traz uma sonoridade alternativa e uma voz etérea. “Eu vou me apaixonar por você um dia desses/ Eu vou me apaixonar e fugir.” Emoldurada por sintetizadores e ambientações eletrônicas e ao mesmo tempo etéreas. Intern se trata de um belo distanciamento das canções de seus álbuns anteriores. Lembrando que esse é o seu terceiro trabalho no estúdio. A presença de temas eletrônicos e guitarras afiadas a traz como protagonista de uma tentativa de se destacar em um outro mundo que habitava em seus trabalhos anteriores, isso evidenciado em canções como Intern e Shut Up Kiss me, essa ultima mais pop e radiofônica . Essa cantora também bebeu na fonte de cantoras como PJ Harvey e Fiona Apple, isso é evidenciado em suas canções mais confessionais. Never be mine parece uma canção tirada da fase folk dos Velvet Underground, no terceiro álbum dele e resgata também características do CD anterior de Olsen. “Você nunca será meu.” Give Up vem na oposta: “Eu desisti de você!” Heart Shaped Heart traz mais calma ao álbum, e também Sister é longa, complexa e experimental. Há também jazz no álbum, e uma forte influencia de Joni Mitchell; Kate Bush... por ai vai. Se trata de um pequeno grande álbum raivoso e de sentimentos à flor da pele.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Aperitivo: Papôla, Esperando Sentado, Pagando para Ver

Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...

Aperitivo: Mon Laferte, Femme Fatale

Selo: Sony Music. A cantora chilena, mas radicada no México Mon Laferte está de volta com seu novo trampo, Femme Fatale, depois do extremo sucesso que foi seu album de 2023, Autopoietica, em que ela expandiu sua sonoridade pop alternativa para o trap e o reggeaton, por exemplo, além do jazz, cumbia e da bossa nova, com letras emocionantes e com bastante impacto. Em Femme Fatale, seu novo trampo lançado agora essa semana, ela vem com o velho conceito da mulher sensual e empoderada, vulnerável, melancólica, e também sofisticada. Ela vem mais voltada ás raizes piano e voz dos trabalhos anteriores na primeira faixa, autointitulada, uma canção sobre melancolia e fragilidade. "Não tenho nada a perder, que se acabe o mundo/ Eu queria que me amassem, nada mais" mostra a vulnerabilidade do eulírico, nessa composição em que os arranjos de piano emolduram uma canção bastante confessional. "Sou esperta na arte de sabotar/ tantos anos tentando decifrar a mim mesma" só reforçam...

Aperitivo: The Last Dinner Party, From The Pyre

Selo: Island Records. Parece que a temática religiosa e mística tomou conta dos albuns de indie alternativo nesse ano de 2025, vide trampos de Candelabro, e o futuro da Rosalia, Lux, que será lançado mês que vem. The Last Dinner Party, que conta com as britânicas Abigail Morris, Lizzie Mayland, Emily Roberts, Aurora Nishevci e Georgia Davies traz esse From The Pyre para nossa apreciação auditiva, que mais uma vez agradece, visto que esse album é bastante interessante. Lembra realmente os momentos mais apreciativos de artistas de baroque pop como Florence and The Machine e a atemporal Kate Bush. Elas vem com corais poderosos, riffs intensos, hipnóticos. Não é segredo nenhum que o trampo anterior, Prelude to Ecstasy já trazia camadas e texturas musicais bem auspiciosas, mas nessa sequência elas verdadeiramente transcenderam. Fruto de uma mixagem e de uma produção mais apurada e mais direcionada a soar como canção chamber e folclórica. Para esse novo trampo, saiu a produção do début, q...