Está sendo noticiado o passamento de Jards Macalé, grande compositor e intérprete da nossa digníssima MPB, aos 82 anos. Carioca, autor do clássico Vapor Barato, imortalizado na icónica voz de Gal e também que contou com versão feita pelo coletivo O Rappa, e com composições imortalizadas por Maria Bethânia, ficou conhecido por ser um artista de vanguarda e de caráter bastante transgressor.
Vapor Barato, sua de longe mais conhecida composição, foi feita em parceria com o poeta Waly Salomão, e é considerada um dos hinos da contracultura da MPB. 78 rotações foi composta juntamente com José Carlos Carpinam, conhecida na voz de Criolo e de Alceu Valença, e é uma referência aos primeiros discos lançados no Brasil, que rodavam nessa rotação; Hotel de Estrelas, também imortalizada na voz de Gal e incluida no álbum Fa-Tal da mesma, é mais experimental;
Macalé estava internado desde o dia 1 de Novembro, acometido de problemas pulmonares, e veio a falecer nessa segunda feira, dia 17 de Novembro, na cidade do Rio de Janeiro, onde sofreu uma parada cardíaca e também um choque séptico.
Segundo relatos, ele apresentou uma melhora, chegando a cantar a icônica "Meu Nome é Gal" após acordar de uma cirurgia, mas não resistiu ao seu debilitado estado de saúde.
Seu nome de batismo era Jards Anet da Silva, e já na juventude, teve musica eternizada na voz de Elizeth Cardoso. Era transgressor justamente por querer ter um perfil proprio, fugindo dos padrões impostos pela indústria fonográfica. Por essa razão a vida inteira carregou a alcunha de "Anjo Torto da MPB.", cedida por Mauro Ferreira em seu blog.
Lança em 1972 um album intitulado, que se torna influente com o tempo, conhecido pela mistura de estilos tão díspares entre si como rock, baião, jazz e samba. E sempre com seu vilão e sua voz singular
Após ter sido exilado em Londres ao lado de nomes como Jorge Mautner, Caetano e Gil, Ele acaba por estreitar a amizade com o baiano Caetano, e juntos compõem Transa, uma das canções mais conhecidas de Caetano.
Se aventurou por outras artes, como a sétima arte, tendo participações prestigiadas em filmes como "O amuleto de Ogum" e "Tenda dos Milagres", ambos com direção de Nelson Pereira dos Santos. E integrou a trilha sonora de Macunaíma, de Joaquim Pereira de Andrade.
Jards Macalé, vá em paz, gênio.
Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...
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