Lançamento: 10 de janeiro de 2025
Selo: Sello Cototo, e gravado na Casa Chuca
Gênero: Post Hardcore e emo dark, noise rock, punk rock
Tem parcerias que dão bastante certo, e hoje vamos escrever sobre uma que ao nosso ver deu um grande album de dark emo e post hardcore. O Canut de Bon resolveu se unir aos conterraneos Coclea e lançaram nesse 2025 o primeiro album de ineditas chamado No esperan a nadie. E o que resultou desse feat foi um album com canções nervosas, e que realmente tem algo a dizer e de se posicionar a respeito desse cenário de desesperança em que vivemos atualmente.
A cena no Chile está bastante interessante. Tem-se hardcore, post rock, synthpop e muita gente talentosa que merece realmente a nossa escutada.
Os Canut de Bon são: Álvaro Alarcón, Renato Arriagada, Joaquín González, Matthew Hopper, e Pablo Castillo. E os Coclea são: Luca Cosignani, Diego Elgueta, Mauricio Rosas e Joaquín González. São artistas de Santiago.
A tracklist:
1.que los eunucos bufen 00:24
2.cóclea - serafín + nífares 07:23
3.cóclea - pol pot 05:46
4.cóclea - cairo 03:50
5.cóclea - zugzwang 04:37
6.canut de bon - tango 01:49
7.canut de bon - epigramas 02:10
8.canut de bon - rosa la rouge 01:09
9.canut de bon - de apolo para joaquín 02:50
O punk se casou com o louder rock e noise rock, e acabou gerando o hardcore, e ao nosso ver, o hardcore é uma sonoridade caótica, barulhenta e o punk traz toda a poesia e o inconformismo do artista com essa realidade de injustiças sociais que nos cerca. São nove canções sobre opressão, inconformismo e no primeiro lado do disco há uma prevalência lirica dos Coclea e no segundo lado quem domina a cena lirica são os Canut.
Está claro que ambas as bandas, a exemplo das bandas de post rock, foram beber na vibe cheia de camadas sonoras como por exemplo Slint.
Os vocais da Coclea traz soturnidade, desajuste e angustia ás liricas, e a instrumentação acompanha isso de perto, com loops de guitarras e riffs nervosos que levam o ouvinte ao limite das sensações de claustofobia e de incômodo, mas a arte é isso,nos fazer questionar e não aceitar simplesmente as coisas como elas nos são impostas. A parte que coube aos Canut tem uma pegada menos enérgica mas não menos perturbadora.
A produção e mixagem do album ficou bastante lo-fi, o que traz essa atmosfera ás musicas, e isso foi proposital. Esse aparente despojamento de produção só evidencia uma instrumentação cheia de nuances e que consegue brilhantemente atingir o seu objetivo, que é os de nos inquietar.
Highlihts: Pol Pot, Serafin + nilfares, zugzwang.
Coletivo pernambucano formado em 2024, composto por Matheus Dália (Dersuzalá) baixo, guitarra, synths, Beró Ferreita (Qampo), guitarrista e vocalista, e Pedro Bettim, na produção, e complementado por Guilherme Calado, teclados, e Saulo Nogueira, guitarra, eles unem em seu álbum de estreia elementos da música psicodélica, musica brasileira anos oitenta, jazz fuzion, funk, new wave, e faz um pop rock bem auspicioso em seu début Esperando Sentado, pagando para Ver, lançado pelo selo Na realidade, eles trazem elementos da city pop com uma pitada de humor irresistível (como na segunda faixa de ESPV, a ótima Baby Mistério com seu riff funkeado) e também apresentam referências a Djavan e Rita Lee, Steely Dan. Eles já vieram chamando a atenção no single Contramão lançado em janeiro de 2025, forte em jazz fusion com seu lindo solo de guitarra. A terceira faixa de ESPV, Coitadolândia, traz uma influência clara de Guilherme Arantes, e fala sobre o fardo de nascermos para estarmos sempre em um...
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